Francilda Fonseca Machado

A VENCEDORA NA MÍDIA:

7/06/2022 – Nova Escola – Educador Nota 10: quando o entorno dos alunos entra em cena

27/02/2022 – G1 Maranhão – Professora maranhense que ensina alunos quilombolas no quintal de casa entra para o Top 10 do Prêmio Educador Nota 10 e ganha R$ 15 mil

04/03/202 – Fundação Lemann – Professores premiados no Educador Nota 10 contam suas metodologias

11/03/2022 – Facebook Prêmio Educador Nota 10 –  Nossa série com os #TOP10 da 24ª edição do Prêmio Educador Nota 10 continua! Conheça Francilda

27/02/2022 – Band Notícias MA – Professora maranhense entra para o top 10 do Prêmio Educador Nota 10

27/02/2022 – Imirante.com – Professora maranhense entra em top de premiação nacional com projeto em escola pública de São Bento

24/02/2022 – Blog do Jailson Mendes – Orgulho do MA: professora natural de São Vicente que leciona em São Bento vence prêmio e fica entre as 10 melhores educadoras do Brasil

Muitas descobertas no quintal de casa

Escavação, fogueira e escrita de antigos alfabetos: longe da internet, na zona rural do Maranhão não faltaram atividades para descobrir como se estuda história

Nidiacris Ribeiro / Trupe Filmes

Educador Nota 10: Francilda Fonseca Machado
História – 6º Ano / Anos Finais do EF
Escola: Escola Municipal Santa Bárbara
São Bento, MA

Trabalho: Meu quintal meu campo de pesquisa
Número de alunos: 23
Duração do trabalho: 6 meses

Resumo: Como os alunos de Francilda moram em comunidades quilombolas, sem acesso à internet, ela organizou roteiros dialogados, explicando conteúdos e propondo atividades de produção, pesquisa e vivências para serem cumpridas no quintal de casa. Nos meses seguintes, o estudo aconteceu em ritmo de descoberta e aventura. Após leituras sobre sítios arqueológicos, por exemplo, a professora orientou a escavação de vestígios de antigos habitantes. Os alunos demarcaram uma área, improvisaram pincéis e encontraram pedaços de porcelana, restos de sandálias, raízes e rochas. O material chegava à escola trazido pelos pais, que levavam de volta novos roteiros e instruções para os estudantes. Em outro momento, para celebrar o domínio do fogo no período Paleolítico, fizeram uma fogueira com ajuda dos adultos e sentaram-se em volta dela para contar histórias, o que gerou relatos escritos encantadores, coletados por Francilda. De volta às aulas presenciais, a turma simulou a escrita dos sumérios com barro e um objeto pontiagudo e escreveu mensagens codificadas com os símbolos do alfabeto fenício.

Por que o trabalho foi premiado?
“A potência da professora Francilda reside na organização de seus roteiros, que promoviam diálogos com os alunos, como se estivesse presente com eles, explicando o conteúdo na linguagem deles e propondo atividades de produção, pesquisa e vivências, que poderiam ser feitas no quintal de casa e envolver as famílias no estudo de como se vivia e se produzia em outras épocas. As atividades escritas eram buscadas pelos pais e responsáveis, que depois devolviam relatos e objetos na escola. Em um dos roteiros, por exemplo, a professora pediu que escolhessem fontes históricas e fizessem uma miniatura. O resultado: uma exposição de miniaturas de fontes históricas à vista de quem visitasse a escola. Durante o trabalho remoto, as atividades impressas dos alunos eram devidamente separadas e organizadas de forma a perceber a individualidade da produção de cada um. Caso alguém não entregasse na data prevista, Francilda telefonava para os pais ou mandava recado por outras pessoas, algo bem comum no interior. Já durante o ensino híbrido, o acompanhamento era feito em sala com leituras e atividades práticas e a professora sempre estava pronta a tirar dúvidas e mobilizar meninos e meninas para saber mais.” Antonia Terra é doutora em História Social, professora de História da Universidade de São Paulo (USP) e selecionadora do Prêmio Educador Nota 10