Daniela Cardoso da Silva

A VENCEDORA NA MÍDIA:

06/06/2022 – Nova Escola – Educador Nota 10: conheça quatro dos projetos vencedores

25/02/2022 – Globoplay – Jornal do Almoço – Professoras do RS vencem a 24ª edição do Prêmio Educador Nota 10

25/02/2022 – GZH Educação e Trabalho – Professoras do RS estão entre os vencedores do Prêmio Educador Nota 10

09/03/2022 – Facebook Prêmio Educador Nota 10 – E hoje é dia de conhecer mais um dos vencedores da 24ª edição do Prêmio Educador Nota 10!

28/02/2022 – Brasil de Fato RS – Voltada para estudantes em situação de rua, EPA é premiada por trabalho na pandemia

Quando sobreviver é uma experiência que ensina

Valorizar as experiências de vida de alunos em situação de rua e abordar conteúdos relevantes para eles foram prioridades na Educação de Jovens e Adultos da EPA

Foto: Nidiacris Ribeiro / Trupe Filmes

Educador Nota 10: Daniela Cardoso Da Silva
Gestora – Coordenadora Pedagógica / Ensino Fundamental (EJA)
Escola:  EPA – EMEF Porto Alegre
Porto Alegre, RS

Trabalho: Manual de sobrevivência da EPA (Escola Porto Alegre)
Número de alunos: 30
Duração do trabalho: 4 meses e meio (1 semestre letivo)

Resumo: A escola onde Daniela atua, uma das poucas no país dedicada às pessoas em situação de rua, é um espaço de acolhimento e aprendizagem que vai além do currículo convencional. O trabalho pedagógico se concretiza em ações de cidadania, valorização das experiências de vida dos estudantes, incentivo à expressão oral e escrita e à leitura, além de conteúdos de relevância para eles, como cuidados com a saúde física e mental. O clipe da música “Manual de Sobrevivência”, de Bruno Amaral, foi o ponto de partida para um projeto interdisciplinar construído por educadores, estudantes e colaboradores externos. Depois do clip, o texto “Manual de Sobrevivência do Fábio”, escrito por um dos alunos, viralizou nas redes sociais e em seguida aconteceram muitas ações importantes, algumas previstas e outras não. O livro “A Filha do Dilúvio”, de Miguel da Costa Franco, inspirou propostas de leitura e escrita, conversa com o autor, fotografia, teatro, oficina de cinema, produção de textos autobiográficos e de um memorial da rua, motivando registros em vídeos e em um livro elaborado por alunos e professores.

Por que o trabalho foi premiado?
“O fato de considerar os alunos como sujeitos reais e compor o trabalho pedagógico de forma ajustada a eles é um diferencial a ser destacado, pois a necessidade, aparentemente óbvia, de adequar as propostas à realidade, em geral não é concretizada em muitas escolas. Além do respeito à condição em que vivem os alunos, da seleção de conteúdos que fazem sentido para eles e da valorização da experiência que possuem, a equipe da EPA realiza escolhas pedagógicas compatíveis com o perfil que eles têm. Por exemplo, desenvolve os projetos de forma progressiva, com um planejamento prévio apenas parcial e que se constitui e se amplia a partir do que vai acontecendo, e privilegia propostas com começo-meio-fim no próprio dia, para que se concluam com quem estiver presente na aula. Os alunos têm uma produção de excelente qualidade e são protagonistas, tanto no trabalho apresentado para o Prêmio como nos demais. Premiar uma instituição como a EPA significa pôr foco em um tipo raro de escola, com um projeto coletivo de atuação que pode inspirar equipes de EJA, e também gestores de outros segmentos, no que diz respeito ao modelo de gestão e de planejamento das ações.”  Rosaura Soligo é formadora de professores, integrou a equipe de consultoria a programas de formação e reorientação curricular do MEC e Fernando Isao Kawahara é formador de professores e de formadores. Ambos são selecionadores da área de Gestão (Orientação Educacional e Coordenação Pedagógica) do Prêmio Educador Nota 10.