Greiton de Azevedo – Educador Nota 10 de 2016- está entre os 50 melhores do mundo!

Ser finalista do Prêmio 𝐆𝐥𝐨𝐛𝐚𝐥 𝐓𝐞𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫 𝐏𝐫𝐢𝐳𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟏, considerado o 𝐍𝐨𝐛𝐞𝐥 da Educação, entre milhares de submissões de todo o mundo, dentre 121 países, é um turbilhão de sentimentos que não consigo comensurar.
Ao receber essa notícia, fui – e continuo sendo – tomado por imenso teor de responsabilidade pelo Ensino de Matemática. O nosso trabalho, que alia forças com dezenas de profissionais da educação, saúde e computação, busca colocar o ensino e a aprendizagem de matemática em âmbito mais responsável, científico e globalmente tecnológico. Buscamos incentivar a criatividade, a pesquisa, a inovação e as invenções científico-tecnológicas de baixo custo (materiais recicláveis e sustentáveis) nas aulas de matemática em prol do tratamento de sintomas da doença de Parkinson.
Reconheço que esse resultado se amálgama à minha trajetória pessoal, acadêmica e profissional. Cresci com minha mãe dizendo: “Filho, o que eu posso te dar apenas é a educação”. Minha inspiração e força vieram dela: o tempo passou e não apagou a minha paixão e o profundo entusiasmo pelo ensino da matemática no Brasil. Não foi nada fácil: enfrentei barreiras, como a falta de recursos e preconceitos da profissão para graduar, especializar, fazer mestrado e cursar doutorado em matemática em universidades públicas prestigiadas. A escola pública e as universidades públicas me formaram.
E em 2016, quando fui um dos vencedores do Prêmio Educador Nota 10, minha responsabilidade com o ensino da matemática e com os meus alunos cresceu ainda mais.
Como esses elementos estão interligados e impulsionados pelo mesmo fenômeno de história de vida, acredito que é tempo de unirmos nossas vozes, sonhos e colocarmos o ensino de matemática da educação pública brasileira como ponto de pauta mundial, mesmo diante de tantas negligências, obscurantismos e cortes injustificáveis à educação e à ciência do nosso país. Cabe ressaltar que, contraditoriamente, o Brasil se destaca em nível mundial pela pesquisa em Matemática; por outro, o país continua amargando ínfimos resultados internacionais na mesma área de conhecimento da Educação Básica. Linhas abissais perversas entre as pontas. Afinal de contas, quando leremos também: “𝖡𝗋𝖺𝗌𝗂𝗅 𝖾𝗇𝗍𝗋𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗈 𝗀𝗋𝗎𝗉𝗈 𝖽𝖾 𝗋𝖾𝖿𝖾𝗋ê𝗇𝖼𝗂𝖺 𝗆𝗎𝗇𝖽𝗂𝖺𝗅 𝗊𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝖺𝗈 𝖤𝗇𝗌𝗂𝗇𝗈 𝖡á𝗌𝗂𝖼𝗈 𝖾𝗆 𝖬𝖺𝗍𝖾𝗆á𝗍𝗂𝖼𝖺”?
𝘚𝘦 𝘯ã𝘰 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢? 𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰? 𝘚𝘦 𝘯ã𝘰 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘧𝘦𝘴𝘴𝘰𝘳? 𝘘𝘶𝘦𝘮?
Sou apenas um dos milhares de professores e cientistas brasileiros que lutam com todas as forças e acreditam em seus alunos, na sua escola e no ensino de matemática como um dos saltos qualitativos e promissores de transformação engajada e socialmente intelectual em nosso país.
Vamos juntos? Educação Pública e Ciência Brasileira? Presentes!
Saiba mais em: https://www.globalteacherprize.org/finalists/2021-finalists/