Educador do Ano de 2015 está entre os 50 melhores do mundo
Diego Mahfouz Faria Lima, gestor da EM Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto (SP) é um dos 50 finalistas do Global Teacher Prize de 2018. A premiação, que acontece em março em Dubai, nos Emirados Árabes, organizada pela Fundação Varkey, é reconhecida como o prêmio Nobel da Educação. Um time de especialistas do mundo todo escolhe o docente que tenha feito a maior contribuição a sua profissão, impactando os alunos e a comunidade. Concorrem educadores que trabalham com crianças e jovens de 5 a 18 anos, ou seja, que estejam no ensino básico no Brasil. A missão do Global Teacher Prize é a mesma do Prêmio Educador Nota 10, ou seja, valorizar professores e gestores.
Já é a segunda vez que Diego é indicado para esse título, a primeira foi em 2016. Ele iniciou como diretor em 2014, com apenas 27 anos, em uma escola que tinha notoriedade por ser violenta e ter baixos índices de aprendizagem. Por meio de alianças com a comunidade e dando voz a alunos e colaboradores, Diego acabou com as depredações e reduziu a indisciplina, os índices de reprovação e evasão escolar. O projeto se iniciou com uma reforma para dar dignidade ao local, que tinha paredes sujas e até queimadas pelos alunos. Atualmente a escola conta com projetos das áreas de artes e ciências no contraturno, tem relação sólida com a comunidade do bairro e conta com presença maciça de pais nas reuniões. Também segue com projetos para mediação de conflitos e violência e tem estratégias para reduzir as faltas escolares. As iniciativas em conjunto transformaram a motivação de coordenadores, professores, pais e alunos.
Em janeiro, o Global Teacher Prize divulga os 10 finalistas, que disputam o prêmio de US$ 1 milhão a ser anunciado em 18 de março, em uma cerimônia em Dubai. Os indicados se comprometem a doar parte do valor para investir em projetos educacionais em suas escolas. O professor Wemerson da Silva Nogueira, Educador do Ano de 2016, ficou entre os 10 finalistas do Global Teacher Prize em 2017. Em uma escola pública de Boa Esperança, no Espírito Santo, ele orientou seus alunos a estudar a tabela periódica a partir de análises da água e a buscar soluções para a população ribeirinha vítima da tragédia do Rio Doce, impactando significativamente a comunidade local.