Os Finalistas de 2017

Adriana da Cruz Silva

Língua Portuguesa / Fundamental II
Viagens literárias
Escola Municipal Miguel Mirante
Brumado – BA

Para ampliar o repertório e sofisticar as habilidades leitoras dos estudantes do 9º ano, a professora Adriana escolheu um clássico da literatura brasileira. Lendo Vidas Secas, de Graciliano Ramos, os jovens poderiam relacionar suas experiências no interior da Bahia, onde vivem, com as representadas no cenário rural do romance. A docente criou situações propícias para todos compartilharem impressões e reflexões: os alunos participaram de rodas para leitura compartilhada, assistiram a uma adaptação cinematográfica e escreveram crônicas, refletindo sobre a realidade do sertão e sua própria identidade.


Adriane Gallo Alcântara da Silva

Gestora / Diretora
A formação contínua dinamizando a escola
EMEIF Profª Coraly Julia Gonçalves Carneiro
Assis – SP

Quando assumiu a direção dessa escola em Assis, no interior paulista, Adriane iniciou um trabalho valoroso junto ao grupo de professores, em parceria com as vice-diretoras e as coordenadoras pedagógicas. O propósito foi o de qualificar a formação em contexto de trabalho, analisar os instrumentos de avaliação, estudar e propiciar boas trocas com docentes de outros municípios. Organizaram um evento, Estabelecendo Parcerias e Compartilhando Ideias, que acontece a cada início e final de semestre. Além disso, hoje conta com a Universidade Estadual Paulista (UNESP) no apoio à formação continuada na escola.


Ailton Diniz de Oliveira

Matemática / Ensino Médio
O Uso da Robótica no Ensino de Funções
EEEFM Rubens Dutra Segundo
Campina Grande – PB

O professor Ailton não deixou passar uma oportunidade de melhora da aprendizagem de seus alunos quando a Secretaria de Educação de sua cidade disponibilizou kits robóticos para serem usados em aula. Ele investigou as possibilidades de usá-los sem se perder no fascínio com a tecnologia. Dessa forma, conseguiu dar sentido a conceitos abstratos e pouco valorizados no estudo de funções, como as noções de função inversa, composta e injetiva. Atingiu os objetivos desafiando os alunos a resolver problemas práticos como a construção de uma empilhadeira e outros aparatos mecânicos, por meio da modelagem e da programação, numa dinâmica de trabalho em grupo com experimentação, tentativa e erro, levantamento de hipóteses e argumentação.


Alberto Rodrigues dos Santos

Arte/ Fundamental I
Holograma Postal
EMEIEF Gilberto Bonafé
Piraju – SP

Os estudantes do 5º ano utilizam celulares e computadores para se comunicar e jogar fora da escola. A inovação do projeto do professor Alberto é alinhar conteúdos como bidimensionalidade e tridimensionalidade com a criação de tecnologias. Os alunos constroem um dispositivo em forma de pirâmide com caixas de acrílico de CDs que, quando acoplado sobre o celular, permite a projeção tridimensional da imagem, simulando hologramas. Depois, eles criam personagens folclóricos híbridos com massa de modelar e compartilham as imagens com os estudantes de outra escola, que os projetam com a mesma técnica.

.


Alexsandra de Oliveira Schlemper

Gestora / Diretora
Uma Escola de Todos e para Todos
Escola Municipal de Educação Básica Izabel Thiesen Roseto
Lages – SC

Situada em uma comunidade em situação de vulnerabilidade, a escola que Alexsandra assumiu em janeiro de 2016 corria o risco de fechar pelo baixo número de alunos. Mas, antes ainda de iniciar o ano letivo, as 63 matrículas subiram para 100 assim que os vizinhos a observaram e apoiaram na revitalização da instituição. Seu projeto foi dividido em três partes: melhorias no espaço escolar, ações pedagógicas e formação docente e participação democrática da comunidade escolar. Entre outras atitudes, ao incentivar os professores em momentos de estudo quinzenais, a gestora motivou a adoção de uma pedagogia centrada no aluno e não apenas no conteúdo. Essa mudança reduziu a evasão e elevou o desempenho dos estudantes.


Aline Vohlbrecht Souza

Língua Portuguesa / Ensino Médio
Jornal na escola: educando para a cidadania
E. E de Ensino Médio Areal
Pelotas – RS

Para estimular o exercício da cidadania e da comunicação dentro e fora da escola, a professora Aline dividiu os alunos do 2º ano em grupos para elaborar um jornal online e impresso. Eles produziram conteúdos em diferentes linguagens, opinaram, debateram e decidiram os temas que seriam abordados. O trabalho permitiu que compreendessem o papel das tecnologias como uma ferramenta de produção de conhecimento. Além dos principais gêneros do universo jornalístico, a professora tratou de retextualização (transformar textos orais em escritos), ensinou estratégias de escrita e processos de edição.

.


Ana Cristina Granado P. de Almeida

Física / Ensino Médio
Stop motion, uma tarefa complexa
Escola da Vila
São Paulo – SP

Analisar a descrição de movimentos puramente por equações pode ter sentido para alguns, mas para grande parte dos estudantes é vazia de significado. Pensando nisso, a professora Ana Cristina propôs que, divididos em grupos, seus alunos produzissem vídeos usando recursos tecnológicos e modelamento matemático para descrever diferentes movimentos. O projeto conduziu os jovens pelos objetivos da Física: observar, descrever a natureza por meio de modelos e ser capaz de prever o seu comportamento.

.


Andreia Cristina Maia Viliczinski

Matemática / Ensino Médio
África o Berço da Matemática
Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos
Joinville – SC

A professora Andreia se inspirou na Etnomatemática, uma corrente da Educação Matemática que reconhece os saberes de distintas culturas. Nas pesquisas e atividades realizadas por sua turma do 2º ano ela relacionou conteúdos matemáticos com elementos da cultura e história da África: frações na música, simetrias na arte africana, formas geométricas nos fractais, lógica no jogo Mancala, padrões do osso de Ishango (século 20 a.C.), ângulos na capoeira e probabilidade no jogo de búzios. A professora criou um contexto significativo para introduzir tópicos como análise combinatória e trigonometria. Além disso, explorou jogos de estratégia em que se utiliza a lógica, o que contribuiu para que seus alunos desenvolvessem uma atitude positiva em relação à Matemática.


Carlos Eduardo Camargo de Godoy

Ciências / Fundamental II
Formando Jovens Cientistas Naturalistas
Escola Móbile
São Paulo – SP

Um jeito inovador, ativo e investigativo de estudar uma teia alimentar! O professor Carlos Eduardo e sua turma se planejaram para reunir seres vivos e evidências durante um acampamento com floresta e lago. Para isso, os alunos foram inseridos na cultura maker: pesquisaram, desenharam e construíram ferramental adequado
e em seguida testaram no local. Reunindo os dados coletados, traçaram parte da teia alimentar daquela região. A prática levou os estudantes de 6º ano a testarem hipóteses e vivenciar as etapas da construção do conhecimento científico.


Cristiane Pereira de Souza Francisco

Educação Física / Fundamental I
Bolinhas de Gude: Descobrindo outras formas de ensinar, aprendendo outros jeitos de aprender
Escola Estadual Antonio de Oliveira Bueno Filho
Araraquara – SP

Ela começou deixando as crianças brincarem de bolinha de gude na aula de Educação Física, sem regras nem intervenções. Os alunos do 1º ano, protagonistas da aprendizagem, foram se apropriando da atividade em etapas, graças à escuta atenta e sensível de Cristiane. O diálogo constante com a turma deu visibilidade à forma da criança pensar e interagir ao jogar, suas percepções, hipóteses, questionamentos, estratégias e interpretações. Assim, de um jeito inovador, a professora descobriu como as crianças aprendem um jogo e como o professor pode ensiná-lo.

.


Débora Furlanetto

Educação Infantil / Pré-Escola
Viagens do Integral
EMEB Olavo Bilac
São Bernardo do Campo – SP

Acampamento, praia, fazenda, floresta encantada e espaço sideral: todos esses lugares foram palco das brincadeiras da turma de 3 a 5 anos no período da tarde. O mais bacana é que a professora Débora incluiu as crianças o tempo todo no planejamento desses jogos simbólicos, importantes para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo deles. As ações para organizar os espaços favoreceram uma série de aprendizagens, incluindo a produção e construção de objetos para compor os cenários e de figurinos. A iniciativa deu tão certo que Débora conquistou outras turmas e professoras da escola.

.


Denise Rodrigues de Oliveira

Educação Infantil / Creche
Promovendo a autonomia por meio do espaço
EMEI Floresta Encantada
Novo Hamburgo – RS

Confiando na potência das crianças, Denise reorganizou o berçário para dar a elas novas possibilidades de exploração, com menos interferência dos adultos. Ela idealizou e construiu materiais, brinquedos e objetos desafiadores e adequados às suas descobertas. Além disso, tomou a decisão de tirar os berços da sala, rompendo com o modo estereotipado e tradicional de administrar a hora do sono nas creches. Assim, os bebês podiam adormecer e acordar no seu tempo, movimentar-se ao despertar sem depender das professoras, interagir com os amigos e com o ambiente.

.


Di Gianne de Oliveira Nunes

História / Ensino Médio
Regime Fechado, Visão Aberta
Escola Estadual Monsenhor Alfredo Dohr
Lagoa da Prata – MG

A Bíblia pode ser usada como fonte histórica? Essa dúvida manifestada em por um aluno disparou um trabalho intenso em que passagens da Bíblia foram o estopim para diversas investigações da História Antiga. A turma de EJA do professor Di Gianne cumpre penas de regime fechado em uma unidade do sistema prisional, uma APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), e estudou sobre sociedades como as dos egípcios, assírios e romanos, em materiais fornecidos pelo docente. As pesquisas também ajudaram os alunos a compreender aspectos de conflitos atuais entre israelenses e palestinos — justificados em boa medida por argumentos históricos —, ou do fundamentalismo islâmico. Di Gianne provou que os recuperandos se interessam pelo estudo da História quando se propõe a eles um trabalho pleno de sentido.


Diogo Fernando dos Santos

Língua Portuguesa / Fundamental I
Quem escreve sou eu!
Escola Municipal Professora Odete Corrêa Madureira
Pindamonhangaba – SP

O desejo do professor Diogo era que seus alunos escrevessem mais e melhor. Para isso, nada mais acertado do que mostrar textos que causam impacto no leitor. Ao eleger os contos de Clarice Lispector e Sylvia Orthof, ele deu à turma do 5º ano oportunidades de apreciar, discutir e analisar excelentes referências. Apostando no potencial das crianças, ele incentivou a produção coletiva e individual de textos autorais e orientou várias etapas de revisão. Tudo foi documentado em um blog, para que o processo de escrita e seus avanços fossem compartilhados com as famílias.

.


Doani Emanuela Bertan

Alfabetização / Fundamental I
Alfabetização por muitas mãos
EMEF Julio de Mesquita Filho
Campinas – SP

Trabalhos que ensinam a língua brasileira de sinais (Libras) de forma isolada, ou apenas focada na comunicação elementar são comuns, mas Doani usou Libras como meio! Ela conseguiu a interação entre ouvintes e não ouvintes em suas aulas semanais numa sala de 2º ano. A turma toda praticava Libras com cantigas, receitas e músicas e depois esses conteúdos apareciam em atividades focadas na alfabetização na língua portuguesa. Graças à fluência em Libras, os alunos memorizaram textos que permitiram consolidar sua escrita alfabética.

.


Elisabeth Corregiari de Siqueira Costa

Arte / Fundamental II
Mil Carolinas, Um Brasil
Escola Saad
Taubaté – SP

A professora Elisabeth instigou os estudantes do 7º ano a reciclar conceitos, valores e comportamentos. Para isso, escolheu referências impactantes como o documentário Lixo extraordinário, registro do trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina e o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, sobre a rotina de catadores. Artistas locais vieram falar sobre suas produções com material reciclável, engajando os alunos na produção de esculturas de grande porte para uma exposição. Depois, os jovens passaram a protagonizar ações sociais como arrecadação de roupas para ONGs e campanhas de coleta seletiva de lixo.

.


Elisângela Dell-Armelina Suruí

Alfabetização / Fundamental I
Mamug Koe Ixo Tig
E.I.E.E.F.M. Sertanista Francisco Meireles
Cacoal – RO

Os alunos da classe multiseriada de 1º a 5º ano de Elisângela falam Paiter Suruí, mas tinham tanta dificuldade para escrever nesse idioma quanto para entender os materiais didáticos em língua portuguesa. Por isso, ela preparou junto com eles um caderno de atividades de escrita e leitura na língua materna, estabelecendo relações com a língua portuguesa e com a de sinais, já que existem muitos surdos entre o Povo Paiter. Considerando sua turma multisseriada, ela organizou o projeto para que todos pudessem trabalhar de acordo com seus saberes, potencializando as possibilidades dos alunos mais velhos e dando espaço para a ação dos mais novos.


Emanuele de Souza Pacheco

Língua Portuguesa / Fundamental II
Jornal da Escola Arco-Íris
Escola Arco-íris da Várzea
Recife – PE

O início do projeto de Emanuele – a elaboração de um jornal na escola para produção de gêneros como reportagem, artigo de opinião, notícia e resenha – coincidiu com o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Por isso, a pedido de uma das salas, ela criou um caderno especial dedicado à política no jornal, e, com todas as turmas, fez um trabalho de leitura crítica da imprensa, analisando as construções sintáticas usadas nas manchetes. Como a professora garantiu espaço para o debate, os alunos aprenderam a lidar com opiniões divergentes de forma respeitosa e a transformar suas reflexões sobre um tema complexo em textos bem escritos.


Ewerton Menezes Fernandes de Souza

Gestor / Coordenador Pedagógico
Sociedade e Política
CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo
São Paulo – SP

Cada módulo do CIEJA em que Ewerton é coordenador tem por tema uma pergunta e gera uma programação curricular. A de Alfabetização, por exemplo, lança: “De que modo o exercício da minha cidadania colabora politicamente para a transformação da sociedade?” e o final, “Você se incomoda com o quê? Você se acomoda com o quê?”. Favorecendo a integração entre diferentes disciplinas, essas questões se desdobram em sequências didáticas. Uma delas investigou o entorno e o cotidiano dos alunos a partir de vídeos feitos com celulares dos trajetos de casa para a escola.

.


Flávia Roberta Alves Costa

Arte / Ensino Fundamental II
Inspirações Indígenas
Escola Municipal Divino Espírito Santo
Recife – PE

A professora Flávia fez uma pesquisa etnográfica para conhecer as comunidades indígenas de Pernambuco e sua produção artística. Em seguida, envolveu os alunos do 6º ano e suas famílias em outra pesquisa sobre a descendência indígena dos alunos. Na escola, eles tomaram contato com o tema por meio de contação de histórias e apreciação de imagens e receberam a visita dos Fulni-ô. A turma entrevistou os indígenas, assistiu e participou de danças e conheceu as pinturas corporais deste povo. Os alunos fizeram desenhos de observação de artefatos, criaram tramas com papel e pintaram grafismos e palavras no corpo, propostas que diferenciam os processos de criação dos indígenas e os dos estudantes. O projeto valorizou a relação das crianças com suas raízes e com sua construção de identidade como povo brasileiro.


Gisele Rodrigues Soares

Educação Infantil / Pré-Escola
Cinema: de telespectadores a produtores
Escola Municipal de Educação Infantil Jardim de Praça Girafinha
Porto Alegre – RS

Ela ousou registrar três produções de cinema com seus alunos de 5 anos! Toda semana, a professora Gisele assistia com eles a um filme ou um curta-metragem de qualidade, investindo em uma educação para o olhar, para a imagem. Em seguida, engatava uma conversa sobre os efeitos da música, dos cenários e outros aspectos da linguagem cinematográfica. Depois, dividiu a turma em três grupos: cada um criou e apresentou uma história, que foi filmada por Gisele. Uma das produções é muda e teve a trilha sonora construída pelos pequenos com o apoio do professor de Música da escola.

.


Gislaine Carla Pilz Stoeberl

Educação Infantil / Creche
A poesia dos sons
Centro de Educação Infantil Tempo Mágico
São Bento do Sul – SC

O barulho do tambor, da água e do telefone inspiraram a professora, que escreveu poemas para ampliar a comunicação oral de crianças de 1 ano e meio a 2 anos. Com olhar atento e respeitoso, Gislaine construiu com elas uma rotina lúdica, que valoriza suas experiências. Na sequência de atividades, os pequenos escutaram e tiveram contato com instrumentos musicais e objetos sonoros, dançaram, cantaram, perceberam ruídos do ambiente e ouviram a leitura de poesias. Dessa maneira, descobriram que podem produzir sons de várias formas e em todo lugar.

.


Gislaine Carla Waltrik

Geografia / Ensino Médio
Gênero e Sexualidade, o que a Geografia tem com isso?
Colégio Astolpho Macedo Souza
União da Vitória – PR

A professora Gislaine resolveu investigar como a sexualidade é expressa no espaço geográfico escolar. Para isso, planejou atividades para os alunos observarem se as questões de gênero provocam ou não segregações espaciais e se há espaços marginais para determinados gêneros. Trabalhou a noção do próprio corpo como espaço, parafraseando um dos maiores geógrafos brasileiros, Milton Santos: “o espaço é a casa do homem, mas também a sua prisão”. Gislaine também aproveitou conteúdos da Geografia que se aproximam da sexualidade humana como análise do crescimento demográfico, globalização e tráfico de pessoas, controle de natalidade e pirâmide etária.


Gislane do Amaral Freitag

Ciências / Fundamental I
Alimentos: desperdício, hábitos, escolhas
Escola Municipal Professor Orestes Guimarães
Joinville – SC

O projeto da professora Gislane com o 5º ano privilegiou cuidados com o corpo, hábitos de vida e escolhas saudáveis. O trabalho foi orientado para o conhecimento aprofundado da composição da dieta de cada aluno. As crianças analisaram seu cardápio diário, compararam semelhanças e diferenças entre os dias da semana e coletaram dados sobre a merenda escolar, tanto em qualidade nutricional como em preferências, medidas pela análise do desperdício de alimentos no refeitório. Viram documentários sobre o assunto, preencheram questionários e tabelas com dados para entender a qualidade e quantidade do que comem e montaram cardápios considerando suas necessidades individuais. Durante todo o estudo, os alunos foram provocados a relatar informações de forma oral e escrita, a apresentar dados e resultados de investigações e a participar de discussões de caráter científico.


Ívina Langsdorff Santana

Química / Ensino Médio
Todo cientista é maluco?
Escola Estadual de Ensino Médio Almirante Barroso
Vitória – ES

Uma pergunta surgiu em sala: por que tão poucas mulheres trabalham com pesquisa em Ciências Naturais? A professora Ívina fez os alunos levantarem hipóteses e os apoiou então na busca de informações para comprová-las ou não, o que resultou em uma reflexão e uma explicação para o fato. Assim eles tiveram uma vivência da metodologia que conduz a modelos explicativos e compreenderam o caminho “fenômeno-hipóteses-observação-análise” da criação dos vários modelos atômicos. Ívina apresentou o filme Estrelas Além do Tempo, organizou uma exposição de biografias de cientistas brasileiras e estrangeiras e conduziu uma visita à universidade para conversas com cientistas, o que contribuiu para desconstruir os preconceitos da turma.


Jamille da Silva Gonçalves Almeida

Língua Portuguesa / Fundamental I
Quem conta um conto…
Escola Municipal Senador Antonio Carlos Magalhães
Salvador – BA

Enquanto lia diariamente contos de fadas tradicionais ou suas versões, a professora Jamille percebia os alunos surpresos e felizes pelo simples fato de ouvir histórias. Nesse projeto, ela desafiou a turma de 5º ano a reescrever um conto, transgredindo nessa escrita. Para isso comparou releituras, como o filme Malévola, a clássicos como Bela Adormecida e Branca de Neve e leu versões modificadas de Os Três Porquinhos. Os alunos experimentaram jeitos de contar uma história, aprendendo e se divertindo durante esse processo.

.


Jerusa Pereira de Jesus

Educação Infantil / Pré-Escola
Lá onde eu moro
EMEI Décio Trujillo
Barueri – SP

Com um olhar sensível, Jerusa percebeu que sua turma adorava construir e desenhar cidades, com ruas e pontes. Para ampliar suas percepções sobre o lugar onde moram, começou estimulando que falassem sobre o trajeto entre a casa e a escola. A partir disso, elas passaram a descobrir colegas na vizinhança, a observar árvores, feiras, praças, vendedores no caminho… E tudo o que começaram a observar começou a aparecer em seus desenhos. A professora também envolveu as famílias no projeto, que mudou a relação das crianças com o espaço público, antes pouco explorado.

.


Joice Maria Lamb

Gestora / Coordenadora Pedagógica
Projeto de Iniciação Científica
EMEF Profª Adolfina J. M. Diefenthaler
Novo Hamburgo – RS

O desafio de desenvolver um projeto de pesquisa é lançado aos alunos logo no início do ano. Eles se organizam em grupos de cinco, escolhem um tema de qualquer disciplina e até três professores para serem seus orientadores. Só depois de elaborar um plano e apresentá-lo para uma banca é que se inicia a pesquisa. Todos mantêm um Diário de Bordo e montam um estande na Feira Científica. A coordenadora Joice articula os participantes – inclusive colaboradores, como estudantes universitários –, organiza tempos e espaços para promover a aprendizagem de alunos e educadores.

.


Josefa Náubia Alves de Brito Marques

História / Ensino Médio
Mulher, a história te absolverá?
EEEM Profª Adilina de Sousa Diniz
Diamante – PB

Um tema de redação sobre igualdade de gêneros em Língua Portuguesa fez emergir na aula da professora Josefa a seguinte questão: o que fez a mulher para que a história a condenasse a uma trajetória secular de peregrinação em busca do seu direito de simplesmente ser mulher? A partir daí, a turma do 3º ano se lançou aos estudos para reconstruir o papel da mulher nos processos históricos, os estereótipos em torno de sua função, os tipos de resistência e as conquistas femininas. Divididos em grupos, os alunos fizeram leituras diversificadas e entrevistas dentro e fora da escola. Depois organizaram seminários sobre mulheres importantes, com destaque para Nísia Floresta, considerada a primeira feminista do Brasil. Por fim, montaram painéis informativos e por iniciativa própria, levaram esse conhecimento adquirido para a comunidade, realizando palestras em espaços culturais da cidade.


Karine Rezende

Gestora / Coordenadora Pedagógica
Dentro da Caixinha
EMEIPI Profª Márcia Aparecida Faria
Caçapava – SP

O filme Dentro da caixinha, que fala das lembranças de uma avó e das cantigas de seu tempo de menina desencadeia um trabalho de formação de professoras, sendo exibido em partes pela coordenadora Karine, estimulando rodas de conversa entre elas. O propósito era resgatar suas memórias da infância e da escolha da profissão. Ao final dos encontros, as integrantes registravam algo que comporia sua “caixa de lembranças”, um portfólio individual. As narrativas mostraram que é importante reconhecer o lado pessoal na constituição das profissionais da Educação Infantil e fizeram com que o grupo se sentisse valorizado e fortalecido.


Lindalva Isabel da Silva Borges

Educação Infantil/ Pré-Escola
É ovo de quê?
EMEI Dona Maria de Lourdes Coutinho Torres
São Paulo – SP

Os alunos da professora Lindalva descobriram um ninho de ovos no muro da EMEI. Muito curiosas, as crianças queriam saber “É ovo de quê?”. Considerando a pergunta, a professora planejou uma série de atividades que favoreceram a construção de uma postura investigativa por parte das crianças. Partindo de suas hipóteses sobre de que animais poderiam ser aqueles ovos, começaram um processo de observação do ninho até que os ovinhos eclodissem. Paralelamente a isso, fizeram pesquisas em livros informativos, para conhecer os animais ovíparos e as características de seus ovos, a fim de tentar encontrar algum que se parecesse com os que estavam observando. Um dos méritos do projeto foi aprofundar conteúdos de Ciências partindo do interesse e da curiosidade das crianças.


Luana Viegas de Pinho Portilio

Ciências / Fundamental I
Conhecendo as Aves do Entorno
Escola Colibri 
Embu das Artes – SP

Os alunos do 1º ano de Luana aprenderam na prática os comportamentos de um observador de aves. Tiveram como desafio, neste estudo, investigar o entorno da escola para conhecer e identificar quais as aves que visitavam o local. Além de ler textos e assistir a documentários e programas de reportagem, eles anotaram e desenharam em um livro de observações as características, as cores, os tamanhos e os tipos de bico das aves encontradas. Muitas crianças comprovaram nesses registros coisas pesquisadas nos textos, como o comportamento das aves, a construção de ninhos e sua alimentação. Ao propor situações de aprendizagem com questões desafiadoras e possíveis de serem respondidas pela observação da natureza, a professora desenvolveu a cultura científica em seus alunos, o que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo.


Mara Lucia Dariva Orlandi

História / Fundamental I
Açúcar nosso de cada dia
Escola Municipal Ignez Panichi Hamzé
Cambará – PR

Numa região em que campo e cidade convivem diariamente, a professora Mara Lucia abordou a origem do açúcar, relacionando o conteúdo histórico da época colonial com costumes e produções do presente. Ela aproveitou a proximidade de plantações de cana, uma usina canavieira, uma empresa empacotadora de açúcar e uma fábrica de bolachas para levar os estudantes a entender de perto o caminho do produto até a mesa. Rodas de conversa, vídeos e aulas teóricas fizeram parte das atividades da turma de 4º ano, que produziu cartazes com a história do açúcar. No meio do projeto surgiu a ideia de fazer um concurso de receitas de bolo, envolvendo as crianças e suas famílias. A vencedora – uma receita que passou de geração em geração – foi impressa no pacote de açúcar local!


Marcelo Inocêncio Pereira Costa

Educação Física – Fundamental II
Do Alongamento Muscular ao Yoga
Colégio Estadual Emílio de Menezes
Curitiba – PR

O professor Marcelo se deparou com a agitação e a bagunça dos alunos, que era uma reclamação constante de seus colegas. Então pensou de que forma poderia abordar o assunto nas aulas de Educação Física. Por conta da prática de Yoga, foi nelas que os jovens aprenderam a ter concentração e autocontrole. Essa interferência positiva contribuiu para lidar com a indisciplina – uma questão recorrente nas escolas – de uma forma interessante e em sintonia com a tendência atual de integração do corpo e da mente.

.


Mayllena Joanne Fernandes de Carvalho

Educação Física / Fundamental II
Práticas Corporais de Aventura
Colégio Estadual General Osório
Itabuna – BA

A ausência de quadras esportivas e de espaço adequado para atividades físicas atinge aproximadamente 60% das escolas públicas brasileiras. Por isso, a professora Mayllena optou por identificar e analisar as possibilidades e os desafios das práticas corporais de aventura no ensino da Educação Física. Além de abordar a história de várias modalidades, discutiu com eles os espaços públicos, as influências econômicas e da mídia. Para coroar o projeto, organizou oficinas de slackline, skate, parkour, patins, bioginástica, board fitness, basquete de rua e rapel, que reuniram os estudantes e a comunidade local.

.


Nair Schaefer Bedin

Educação Infantil / Creche
Chuva Molhada
Centro de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho
Seara – SC

Caminhar em dias chuvosos, pisar nas poças d’água, ouvir os sons da chuva. Percebendo que esta situação era desconhecida e um pouco temida pelos pequenos, a professora Nair pediu às famílias que mandassem sombrinhas para a escola. Como iam uma vez por semana brincar em um ginásio próximo, as crianças esperaram ansiosamente a primeira chuva e andaram até lá! Essa “aventura”, que passou a se repetir, permitiu à turma experimentar pequenos passos em direção à autonomia e o deleite que é fazer coisas simples e marcantes em grupo.

.


Nilma Sladkevicius Castellani

Alfabetização / EJA
Não provoque é cor de rosa choque
EMEF Luiz Bortolosso
Osasco – SP

Em sua turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a professora Nilma elegeu o tema da luta da mulher na sociedade para envolver os alunos em atividades de reflexão, leitura e escrita, com o objetivo de se alfabetizarem plenamente. Entre outras propostas, biografias de mulheres de destaque foram lidas antes de cada estudante escrever, de acordo com suas possibilidades, sua própria história de vida. Ações úteis, como pesquisar telefones de delegacias da mulher ou listar exames médicos obrigatórios fizeram parte do projeto, que envolveu alunos de 38 a 73 anos de idade.

.


Patrícia Barreto da Silva

Língua Portuguesa / Ensino Médio
Que país é esse?
Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Nova Cruz – RN

Como consequência dos movimentos estudantis de ocupação dos campus das federais no final do ano letivo de 2016, a professora Patrícia desenvolveu uma sequência didática voltada para o letramento político. Os alunos do 2º ano estudaram e debateram temas sociais e políticos de nosso país, produzindo crônicas. No processo de produção, atividades de leitura, pautas coletivas de revisão, estratégias de coesão e refacções criaram condições para que os estudantes aperfeiçoassem os textos. O resultado final é a publicação das crônicas em um e-book, para sorte de todos nós, leitores.

.


Paulo Roberto Magalhães

Geografia / Fundamental II
A Arte de ocupar os espaços educativos
EMEF Duque de Caxias
São Paulo – SP

A ousadia do professor Paulo Roberto é dar aulas públicas no bairro da escola, o Glicério, na região central de São Paulo, e em outros espaços educadores da metrópole. Ele faz pontes entre a cidade e os temas a ensinar para que os alunos entendam o que é cidadania e a importância de se preservar o espaço público. São aulas variadas: expositivas ao ar livre, com participação ativa de interlocutores locais, em museus e centros culturais. Ele amplia a noção de espaço geográfico dos estudantes, por exemplo, com saídas a locais como a Vila Suíça, conjunto de casas de origem operária que é patrimônio tombado, e o centro de gerenciamento do metrô.


Peter Rodrigo Trento

Geografia / Fundamental II
Caixa de areia interativa 3D
Escola Municipal CIC Eduardo Von Zuben 
Vinhedo – SP

O professor Peter sabe que as atividades com experiências práticas resultam em aprendizados mais expressivos e duradouros. Por isso, pesquisou e construiu para sua escola pública uma ferramenta tecnológica conhecida como caixa de areia interativa 3D, inspirado em material de escolas particulares e da Estação Catavento Cultural, em São Paulo. Ao manipular essa caixa – que permite fazer projeções topográficas coloridas em três dimensões na superfície da areia e lançar cores e curvas de nível – os alunos dos 6º e 7º anos desenvolveram a observação e intuíram sobre os fenômenos que moldam o relevo.

.


Rafaela Cristina Stefano

Língua Portuguesa / Fundamental I
Criando e desvendando contos de mistério
Escola Estadual Profº. André Fort
Campinas – SP

Além de explorar o interesse de seus alunos pelos contos de mistério, a professora Rafaela recorreu à tecnologia para motivá-los a seguir os passos de um escritor. A possibilidade de publicar um e-book e ter leitores reais fez diferença para a turma do 5º ano. Depois de analisar textos do gênero, eles produziram coletivamente um conto de mistério, planejando, escrevendo e revisando sua obra. Em outra etapa, criaram histórias em duplas ou trios, digitaram o texto, produziram ilustrações e até escolheram pseudônimos para preservar suas identidades ao postar o livro na internet.

.


Raquel Gullini

Matemática / Fundamental I
Explorando medidas além da sala de aula
Escola Municipal Professor Aluízius Sehnem
Joinville – SC

Que tal a gente descobrir as medidas reais dos animais da nossa região? E se construirmos réplicas? Com esses desafios, a professora Raquel juntou o interesse da turma do 2º ano pelas espécies da área de manguezal perto da escola com o estudo de medidas e grandezas. Uma visita para ver modelos taxidermizados e ter noção de tamanho, cores e características deu a partida no projeto, que incluiu a história das medidas e a utilização delas para fazer relações de tamanhos entre os animais e a criação de um jogo. As réplicas em tamanho real serão expostas em uma feira de Matemática.

.


Roseli Cristina Pacheco Catanozi

Gestora/ Coordenadora Pedagógica
Caravana da Leitura
Escola Estadual José Teixeira do Amaral
Urânia – SP

Caravana da Leitura é um projeto em que todos os alunos e profissionais de uma escola de tempo integral saem para ler em voz alta na cidade: na praça, no lar dos idosos, na creche, no transporte público. Como em cidades pequenas geralmente são poucas as oportunidades das pessoas ampliarem o seu universo cultural, o projeto da coordenadora pedagógica Roseli tem um duplo valor, pois contribui nesse sentido além de formar alunos leitores. O desejo de ler bem para os ouvintes traz a necessidade de ensaiar e os faz experimentar o sentido social da leitura oral, tanto dentro quanto fora da escola. Além de engajar os estudantes, o projeto favorece o envolvimento de professores e funcionários pela relevância social do trabalho que realizam na cidade.


Rosely Marchetti Honório

História / Fundamental II
O migrante mora em minha casa
EMEF Infante Dom Henrique
São Paulo – SP

O Canindé abriga um dos maiores pólos da indústria de confecções do país, que emprega mão de obra imigrante em situação precária. Ali, em uma escola do bairro, a professora Rosely observou preconceito entre os colegas, principalmente contra os bolivianos, e resolveu entrelaçar conteúdos históricos com a vida dos estudantes, descendentes de migrantes e imigrantes. Depois de entrevistar suas famílias, aprender sobre racismo em várias épocas e encontrar confecções irregulares em um estudo de meio, os alunos foram sensibilizados para uma ação de combate ao trabalho escravo na região.

.


Rutemara Florencio

História / Ensino Médio
Histórias Cruzadas
Escola Estadual Presidente Tancredo Neves
Boa Vista – RR

Roraima tem vivido uma enorme pressão imigratória nos dias atuais, com a entrada em massa de venezuelanos. Porém, a importância das questões de migração na formação da população roraimense é histórica. Atenta a essa realidade e decidida a convencer os alunos a respeitar todos os moradores locais sem preconceitos e estereótipos, a professora Rutemara orientou-os a entrevistar migrantes. Como cerca de 70% dos estudantes são filhos de quem chegou ao lugar entre 1980 e o início dos anos 2000, a pesquisa se valeu dos testemunhos desses familiares, usando a metodologia da História Oral. Durante o projeto, os jovens aprenderam procedimentos e postura de pesquisador, técnicas para entrevistas, coleta, organização e análise de dados. As conversas foram filmadas e gravadas com o celular, depois os vídeos foram editados em um mini documentário. A turma também escreveu contos, que deram origem ao livro Histórias Cruzadas.


Silmara de Jesus Carneiro Marcondes

História / Fundamental I
Minha história começa aqui…
Escola Municipal do Campo de Serra do Apon 
Castro – PR

O Quilombo Serra do Apon é a origem de mais da metade dos alunos da escola de Silmara, por isso ela optou por estudar a história local partindo das próprias crianças, estimulando que registrassem “Quem sou eu?” por escrito e em uma sessão de fotos. Uma líder quilombola foi convidada para falar sobre o início do bairro e a história da população negra do lugar. Depois, abriu sua casa para os alunos conhecerem os utensílios típicos e foi tema de uma biografia escrita por eles. Silmara organizou ainda uma oficina de tranças com ex-alunas, pesquisas sobre o nome e a história pessoal de cada criança, visitas ao Museu do Tropeiro e à Fazenda Capão Alto (origem do quilombo), uma cavalgada e uma feira de cultura regional. No final, os alunos elaboraram um jornal valorizando a história local, a população afrodescendente e a escola.

Susana Felix Paes Correa Leite

Alfabetização / Fundamental I
Pensar, Brincar, Ler e Escrever
Escola Municipal Jacirema dos Santos Fontes Escola
Guarujá – SP

A professora Susana ajudou seus alunos a superar as enormes dificuldades que eles encontravam para escrever utilizando apenas as sílabas decoradas mecanicamente no 1º ano. Era preciso resgatar a confiança de todos em seu próprio saber. Para isso, ela utilizou diversos recursos para as crianças compartilharem suas hipóteses de escrita e aprenderem a trabalhar em parceria com os colegas. Graças às intervenções, a turma do 2º ano foi capaz de escrever um livro de parlendas. O projeto revela a importância de um olhar para o processo de alfabetização que considere o aluno como um sujeito que pensa e elabora hipóteses, e não alguém que simplesmente recita e decora sílabas.


Thiago Alessandro Spiess

Língua Estrangeira / Fundamental II
Abrindo as portas para o mundo
EEF Professora Augusta Knorring
Brusque – SC

Levar os alunos a conhecer a realidade além de sua cidade e valorizar o domínio da segunda língua foram os objetivos do professor Thiago. Ele colocou a turma de 7º ano em contato, por meio de vídeo, com a rotina de uma professora nos Estados Unidos e orientou um intercâmbio de cartas entre alunos de escolas da região, para que eles pudessem contar sobre seus gostos e hobbies. Também selecionou quem tinha um ótimo nível de conhecimento na sala como monitor, trabalhando em grupos para potencializar o aprendizado.

.


Vanessa Gutz Picirilli

Língua Estrangeira / Fundamental II
A Língua Inglesa e a Linguagem de Programação
EMEF Des. Joaquim Cândido de Azevedo Marques
São Paulo – SP

O estudo da linguagem de programação – um sucesso entre os jovens – caminhou em paralelo e serviu de estímulo para a aprendizagem do segundo idioma. Em aulas compartilhadas de Língua Inglesa e Informática Educativa, os alunos do 7º ano de Vanessa exploravam a plataforma educacional Code.org enquanto ampliavam o vocabulário e as expressões, usadas naturalmente na comunicação. Vídeos curtos ajudaram a expor os estudantes ao idioma, mas o foco da aprendizagem sempre foi a realização dos estudantes, que trabalhavam em duplas no computador ou de forma coletiva para criar e experimentar algoritmos.

.


Yves de Sousa Silva

Geografia / Fundamental I
Aula de Hoje: Meios de Transporte
Escola Municipal de Tempo Integral Mônica de Castro Carneiro
Goiânia – GO

Protagonismo, empoderamento social, criatividade e autoestima tomaram o lugar da desmotivação depois que a produção de vídeos dinamizou as aulas de Geografia em uma escola de período integral. O professor Yves orientou os estudantes na realização de um curta-metragem sobre meios de transporte, tema que levou em conta a observação do cotidiano e a percepção que os alunos têm do “ser pedestre”. Eles criaram roteiros, ensaiaram e produziram um vídeo usando técnicas de animação e foram convidados a exibí-lo em um encontro sobre Educação para o trânsito em um cinema de Goiânia.